terça-feira, 12 de maio de 2009

SONETO 172 ANTOLÓGICO

Glauco Matoso

As frases memoráveis da República
deviam ter, na pedra ou voz gravada, registro,
qual legenda avacalhadanum filme de comédia ou cena lúbrica.
"Prometo que agirei na vida públicada mesma forma que ajo na privada!";
ou: "Fi-lo porque qui-lo!", tão surrada;
ou: "Não me deixem só!", suprema súplica.
Também vou proferir, eu que não minto,
a pérola imortal de quem adoramandatos,
completado o quarto ou quinto:
"Da vida partidária saio agora.
Já fiz o que devia, e alívio sinto.
Caguei, limpei a bunda, e vou-me embora!"

Um comentário:

  1. Nesse soneto Gauco Matoso satiriza o governo Brasileiro, falando de alguams frases politiqueiras usadas em época de campanha. Este é de certa forma comparado a Gregorio de Matos por suas críticas á certos temas como politica, sociedade entre outros.

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